Depois de mais de dois meses de espera (normal por se tratar de um livro importado), chegou meu guia.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Aplicativos para tracking (Android)
Desde o início da minha preparação física para percorrer o Caminho deexibiçãoiago, tenho experimentado alguns aplicativos para medir as distâncias que percorro e ter uma referência do meu ritmo de caminhada. Além disso, esses aplicativos servem como uma "voz interior que vem de fora" e me incentivam afal andar mais um quilômetro, a acelerar o passo, e me desafia a fazer melhor no dia seguinte.
Ao longo dessas semanas, testei ao menos três aplicativos para Android que me trazem vantagens e desvantagens. O principal benefício que eles oferecem é informar a distância percorrida e a minha velocidade em intervalos regulares. Vou apresentar alguns que podem ser úteis para o treinamento e no momento de percorrer o caminho. Não conferi se existem versões para iOS.
O primeiro app que usei foi o MapMyRide. Comecei a utilizar antes mesmo de imaginar percorrer o Caminho de Santiago. No meio do ano passado, decidi (pela enésima vez) deixar o sedentarismo de lado e voltei a pedalar. Eu tinha o objetivo de participar de uma passeio ciclístico e queria saber como estava meu condicionamento físico e o ritmo das minhas pedaladas. Ele me atendeu muito bem. Ele registra tempo, pace (ritmo) percurso, variação de altitude, permite compartilhar o resultado. Algumas funcionalidades só estão disponíveis na versão paga (MapMyRide+). O estranho desse aplicativo é que ele passa as parciais em inglês por uma voz que lê em português. Também tem limitações de configuração e de compartilhamento. Ele compartilha os dados com redes sociais de forma relativamente simples, mas para acessar detalhes do treinamento você precisa fazer um cadastro no site deles. Eu pretendo disponibilizar o meu percurso para que familiares possam acompanhar meu trajeto no Caminho e o MapMyRide não facilita muito essa operação. Mas, para meus registros, ele funciona muito bem.
Pouco tempo depois, fui apresentado ao Sports Tracker. Ele faz basicamente as mesmas funções do MapMyRide, mas os gráficos são melhores e mais fáceis de entender. Uma vantagem é que os mapas são gravados com as parciais de velocidade, altitude e batimento cardíaco (se tiver um frequencímetro Bluetooth) a cada ponto do mapa. A desvantagem é que, durante o treino, ele fala as parciais (tempo do ultimo trecho, velocidade, distância total e tempo total) inglês (pode ser problema para quem não domina a língua). Mas ele permite que você solicite parciais no momento em que quiser, bastando apertar o botão "Volta". O compartilhamento tem varias opções incluindo redes sociais e possibilidade de abrir as informações para qualquer um por meio do site www.sportstracker.com . No mais, ele disponibiliza as mesmas informações do MapMyRide. Só não consigo publicar os dados do treino direto no blog. Também funciona off line, comma vantagem de manter os treinos gravados no aparelho, com uma cópia na nuvem.
Recentemente descobri um aplicativo do Google chamado Minhas Trilhas. Totalmente em português tem um layout tão simples que parece que não faz nada. Mas não deve nada aos outros. Possui muito mais opções de configurações que os demais, permitindo definir os intervalos (tempo ou distância) das parciais em áudio, importar e exportar os dados, sincronizar com o Google Drive e compartilhar os mapas para o Google Earth, o que possibilita compartilhar um link ou incluir o trajeto percorrido neste blog, por exemplo.
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Ao compartilhar o treino no blog ele envia um resumo como este:
"Achei que você pudesse se interessar por essa trilha: https://docs.google.com/file/d/0B1XJiyMpuYuTSGhHdVBpTGlxbGc/edit?usp=drivesdk Criado por Minhas trilhas do Google no Android. Nome: Parque da Cidade Tipo de atividade: caminhada Descrição: Caminhada no Parque da Cidade Sara Kubstcheck. Terreno sem grandes desníveis. Chuva fina no início e piso molhado em todo o percurso. Testando caminhada com de tracking. Distância total: 10,12 km (6,3 milhas) Tempo total: 1:37:41 Tempo de deslocamento: 1:37:20 Velocidade média: 6,21 km/h (3,9 milhas/h) Velocidade média de deslocamento: 6,24 km/h (3,9 milhas/h) Velocidade máx.: 6,59 km/h (4,1 milhas/h) Ritmo médio: 9:39 min/km (15:32 min/mi) Ritmo médio de deslocamento: 9:37 min/km (15:29 min/mi) Ritmo mais rápido: 9:06 min/km (14:39 min/mi) Elevação máx.: 1128 m (3702 pés) Elevação mín.: 1079 m (3538 pés) Ganho de elevação: 110 m (360 pés) Grau máx.: 8 % Grau mín.: -15 % Registro: 19/01/2014 17h28".
No meu caso, o Minhas Trilhas atende melhor as necessidades. Vou continuar testanto os aplicativos. Mas, devo reduzir o uso do MapMyRide e passarei a fazer um resumo semanal dos treinos, já que eles estão ocupando muito espaço neste blog.
Atualizacão em 13/2/2014: o Minhas Trilhas tem apresentado falhas na exibição do trajeto ppercorrido. O erro não é do GPS do aparelho , pois o Sports Tracker não apresenta a mesma falha quanto utilizado simusimultaneamente.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
A (falta de) lógica do preço das passagens aéreas
É curioso o sistema de formação de preços das passagens áreas. Não é a primeira vez que vejo um trecho que passa por duas cidades sair mais barato que apenas uma. Aprendi cedo que, na Europa, em geral, uma passagem aérea só de ida custa praticamente o mesmo que uma de ida e volta. Mas, dessa vez, fiquei sem entender o que encontrei.
Preciso chegar à cidade do Porto (OPO) para, de lá, seguir para Braga de ônibus ou trem. Como não há voo direto Brasília-Porto, (BSB-OPO) preciso fazer uma conexão em Lisboa (LIS). Só a portuguesa TAP faz BSB-LIS direto. Então comecei a fazer várias simulações por essa companhia. Os valores são de 09/01/2014.
A passagem mais barata para o percurso BSB-LIS-BSB sai a R$ 2.889, 41. Já o trecho LIS-OPO-LIS custa R$ 303,14. Mas se eu deixar a TAP montar montar minha conexão e informar apenas BSB-OPO-BSB, o valor é R$ 2.969, 33, menor que a soma dos dois bilhetes.
Ainda que eu não acredite muito, alguém pode alegar que os custos operacionais do segundo caso são menores, o que não acredito, já que os voos são exatamente os mesmos. Só a forma de solicitação dos bilhetes é que muda. Mas encontrei situações mais curiosas.
Pretendo aproveitar a ida a Portugal para, após a caminhada, esticar até Roma (FCO). Partindo do raciocínio de que o bilhete de ida custa quase o mesmo que o bilhete de ida e volta, seria de se esperar que ficaria mais em conta comprar três bilhetes: BSB-LIS-BSB, LIS-OPO-LIS e OPO-FCO-OPO ou LIS-FCO-LIS. Nesse caso, a opção mais barata sairia a R$ 3.397, 44. Só que não me dei por vencido.
O site das cias aéreas oferecem a possibilidade de montar viagens com várias cidades. No caso da TAP essa opção chama-se Multiplas Cidades. Selecionei essa opção e pedi, entre outras simulações, os trechos BSB-OPO, OPO-FCO e FCO-BSB. E aí veio a surpresa: toda a viagem saiu a R $ 2.896,74. R$ 72,59 mais barato que o ir apenas ao Porto e apenas R$ 7, 33 mais caro que a ida e volta de Brasília a Lisboa, trecho que está incluído no bilhete.
Quem entende?
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
A viagem começa a se desenhar
Esta semana, a viagem para a realização da caminhada começou a se desenhar de forma mais concreta. Já temos uma época, um percurso, um esboço de orçamento e até uma possibilidade de esticar a permanência na Europa para visitar Roma.
Já era certo que iríamos para Portugal no segundo semestre deste ano. Dada uma experiência anterior escaldante no verão europeu e a inexperiência de caminhar num inverno rigoroso, já era certo também que o ideal seria ir no outono. Considerando feriados, aniversários e afins, fixamos a segunda quinzena de outubro como período da viagem.
Quanto ao percurso, estamos tendendo a seguir o mesmo realizado pelo autor do site caminotorres.com, mas partindo de Braga. As distâncias são razoáveis, o tempo de viagem é o ideal, e coincide, na sua maior parte, com o bem mapeado e sinalizado Caminho Português.
Por fim, sempre quis levar meu pai a Roma. E essa me parece a ocasião ideal. A época é boa, o custo deve ficar bem próximo de uma viagem unicamente para a cidade eterna e o preparo físico deve facilitar as caminhadas pelas ruas de Roma.
Até a próxima semana devo receber um livro com detalhes do Caminho Português. Então começarei a traçar cada parte do caminho em detalhes, com atrações, pontos de paradas e alternativas. Por enquanto, é pesquisar passagens e hospedagens.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Os Caminhos
O Caminho de Santiago não é um, mas vários. Eles têm várias origens, mas apenas um fim: a cidade de Santiago de Compostela, na Galícia, noroeste da Espanha. O mais famoso (pelo menos no Brasil) é o que parte dos Pirineus, no sudoeste da França. Mas, mesmo esse, pode ser feito por dois trajetos diferentes. Só na região da Galícia são identificados nove caminhos com origens diferentes. O certo é que, para ser considerada peregrinação, o caminhante deve fazer ao menos os últimos 100 km a pé ou a cavalo, ou 200 km de bicicleta.
Segundo a tradição, após o Pentecostes, São Tiago (o apóstolo Tiago Maior, irmão de João Evangelista) teria saído para pregar na Península Ibérica sem sucesso. No retorno a Jerusalém, teria sido martirizado. A crença popular é que discípulos de Tiago teriam levado seus restos mortais até a Galícia, onde teria sido sepultado.
A peregrinação à cidade de Santiago de Compostela tem origem no século IX quando um eremita teria redescoberto a urna onde estariam depositados os restos mortais de Tiago. Sobre o local onde foi encontrada a urna, foi erguida uma catedral dedicada à memória de São Tiago. É nessa catedral que termina o Caminho de Santiago (ainda que algumas pessoas sigam até a localidade chamada Finisterra, uma rota pagã de peregrinação até o lugar conhecido como o Fim da Terra, ponto mais ocidental do Velho Mundo).
Como os caminhos podem ser muito longos, é comum que os peregrinos europeus realizem o Caminho em várias etapas, fazendo, por exemplo, uma semana de caminhada por ano. A origem pode ser na própria Galícia ou no Oriente Médio. Tudo depende da disposição ou da fé.
Segundo a tradição, após o Pentecostes, São Tiago (o apóstolo Tiago Maior, irmão de João Evangelista) teria saído para pregar na Península Ibérica sem sucesso. No retorno a Jerusalém, teria sido martirizado. A crença popular é que discípulos de Tiago teriam levado seus restos mortais até a Galícia, onde teria sido sepultado.
A peregrinação à cidade de Santiago de Compostela tem origem no século IX quando um eremita teria redescoberto a urna onde estariam depositados os restos mortais de Tiago. Sobre o local onde foi encontrada a urna, foi erguida uma catedral dedicada à memória de São Tiago. É nessa catedral que termina o Caminho de Santiago (ainda que algumas pessoas sigam até a localidade chamada Finisterra, uma rota pagã de peregrinação até o lugar conhecido como o Fim da Terra, ponto mais ocidental do Velho Mundo).
Como os caminhos podem ser muito longos, é comum que os peregrinos europeus realizem o Caminho em várias etapas, fazendo, por exemplo, uma semana de caminhada por ano. A origem pode ser na própria Galícia ou no Oriente Médio. Tudo depende da disposição ou da fé.
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