O Caminho de Santiago não é um, mas vários. Eles têm várias origens, mas apenas um fim: a cidade de Santiago de Compostela, na Galícia, noroeste da Espanha. O mais famoso (pelo menos no Brasil) é o que parte dos Pirineus, no sudoeste da França. Mas, mesmo esse, pode ser feito por dois trajetos diferentes. Só na região da Galícia são identificados nove caminhos com origens diferentes. O certo é que, para ser considerada peregrinação, o caminhante deve fazer ao menos os últimos 100 km a pé ou a cavalo, ou 200 km de bicicleta.
Segundo a tradição, após o Pentecostes, São Tiago (o apóstolo Tiago Maior, irmão de João Evangelista) teria saído para pregar na Península Ibérica sem sucesso. No retorno a Jerusalém, teria sido martirizado. A crença popular é que discípulos de Tiago teriam levado seus restos mortais até a Galícia, onde teria sido sepultado.
A peregrinação à cidade de Santiago de Compostela tem origem no século IX quando um eremita teria redescoberto a urna onde estariam depositados os restos mortais de Tiago. Sobre o local onde foi encontrada a urna, foi erguida uma catedral dedicada à memória de São Tiago. É nessa catedral que termina o Caminho de Santiago (ainda que algumas pessoas sigam até a localidade chamada Finisterra, uma rota pagã de peregrinação até o lugar conhecido como o Fim da Terra, ponto mais ocidental do Velho Mundo).
Como os caminhos podem ser muito longos, é comum que os peregrinos europeus realizem o Caminho em várias etapas, fazendo, por exemplo, uma semana de caminhada por ano. A origem pode ser na própria Galícia ou no Oriente Médio. Tudo depende da disposição ou da fé.
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